terça-feira, agosto 23, 2005

Réquiem sob as estrelas.

Manhã fria e com névoa baixa e densa, fria e doída ! Caminhando entre carvalhos e faias, torres sinistras e escuras, que me olham como se me vissem realmente, com seus olhos soturnos e dolorosos. Continuo caminhando e pensando, talvez por isso minha cabeça esteja doendo. Nunca fui bom nessas coisas da mente. O que está realmente acontecendo em nosso mundo ? Nós terrosos sempre fomos sossegados, nunca fomos do tipo que se importavam com outros mundos ou que incomodavam outros seres. Como então acabamos nos encontrando nessa situação ? Estamos face a face com uma estrada desconhecida, que nos levará a onde nenhum terroso jamais esteve. Teremos que deixar nosso mundo mesmo não querendo, tudo causado por uma guerra que começou muito antes de eu nascer e muito longe daqui. Como viveremos, poderemos nos contentar com o solo de outro mundo, que não tenha o doce cheiro que os terrosos sempre pisaram ? Como veremos outras luas sem sentir saudades de nossos mares e montanhas ? Não sei nenhuma resposta para isso, porém os terráqueos dizem que devemos abandonar nossos céus com seus lindos anéis e irmos para um mundo quente e abafado de onde talvez nunca mais retornemos. Isto, creio eu, está além da mente de qualquer terroso, porém uma coisa eu penso: em pouco tempo nossos uivos à nossas luas não serão mais ouvidos sobre a terra. Este será o adeus dos terrosos a todas as criaturas. Criaturas que porventura muitas não nos conheçam e porventura nunca ouvirão falar de nossas trilhas e caminhadas sob as estrelas entre rochas e árvores.
Autor : Kleverson

2 comentários:

Marilia Kubota disse...

Oi, Kleverson,

pra mim compartilhar leituras é eu ler o teu poema e comentar. Ou ler um poema ou livro ou filme que eu goste e comentar. Trocar idéias, sensibilidades a respeito do que vemos, observamos, sentimos. bj

Anônimo disse...

Fala Rapaz!! entrei hoje pra ver suas atualização!!! nota 10 para os links(Saracuruna!!) e os textos tb!!